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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

As três pistas


- Bom dia, Rogério. Estou procurando uma escola para a Marcella, minha filha, e como me contaram que você adora a escola em que estuda o seu filho gostaria de saber as razões de tanto elogio. O que essa escola tem de especial?

- É verdade, Alfredo. A escola em que estuda meu filho Gabriel é, realmente, extraordinária e com imenso prazer a indico. Não é uma escola com extraordinários recursos e nem mesmo se destaca pelas promessas de projetos mirabolantes, mas todos os dias percebo em meu filho os três indícios seguros de que acertei na escolha e que o matriculei em uma escola de primeira linha...

- E você poderia me contar quais são esses indícios? Quais as “pistas” devo observar na hora de ter a certeza de que matriculei a Marcella na escola certa?

- Claro. A primeira pista, caro amigo, é a paixão de minha filha por sua escola. Ama seus professores, elogia suas aulas e sinto que cada vez mais amadurece e ama o ato intelectual de aprender pelo trabalho, desafiar-se em cada dia saber mais. Converso com a Marcella todos os dias e não me iludo, sei que ela gosta das amizades, ama os colegas e adora as brincadeiras, mas quanto o assunto se esparrama pelas atividades é ainda com mais entusiasmo que relata seu dia, comenta os projetos que desenvolve, sente a matéria que aprende nas notícias que lê, na novela que assiste, no Shopping que, de vez em quanto, vai com a mãe. A Marcella desenvolveu a capacidade de descobrir que o ato do aprender é tão natural quanto o de saborear uma gostosa fatia de pizza e que as disciplinas na escola a fazem cada vez mais, intervir no mundo...

- Tudo bem. Mas, qual a segunda pista?

- A segunda pista, observo ao deixar minha filha na escola, quando encontro aqui e ali um ou outro de seus professores ou quando participo de reuniões. Esses profissionais, Alfredo, amam o que fazem, “vestem a camisa da escola” com paixão, sentem-se valorizados em sua profissão e com orgulho falam de seus progressos. Em um primeiro olhar parece ser fácil confundir quem ama o que faz e quem é treinado para demonstrar esse sentimento, mas quando se está atento aos detalhes, a clareza dessa percepção é indiscutível. A Direção da escola é presente, atenta, permanentemente “ligada” e sabe fazer de seus professores uma verdadeira equipe, animando seus progressos, estimulando-os a se desafiarem, ajudando-os a vontade de crescer sempre.

- E a terceira razão, Alfredo, você pode até estranhar um pouco, mas se bem compreendida não é menos importante que as duas primeiras...

- E qual é essa terceira razão?

- Eu noto que na escola, Marcella que ainda não completou dez anos apaixonou-se pela política. Mas, curiosamente, essa paixão nada tem a ver com partidos ou opções ideológicas, mas é impressionante como a coesão dos professores despertou em minha filha o exercício do direito à palavra e o sentimento de intolerância às injustiças. Custei para descobrir que esse jeito de Marcella fora adquirido através das aulas que assistia, conquistado nos debates que participava. Algumas vezes encantado, outro até mesmo incomodado com seu espírito crítico, percebo lá em casa como crescia sua indignação e como não se calava quando sentia que alguma injustiça se propunha e que sabia pelas revistas que lia, jornais que buscava, programas que assistia. Enfim, Alfredo, sinto em minha filha crescer a olhos vistos a admiração pela escola em que está matriculada. Com prazer, tenho a certeza que notará o mesmo em seu pequeno Gabriel.

Um comentário:

virgínia disse...

Penso que o texto está destorcido, a escrita está confusa quanto ao Gabriel e a Marcella...Leiam novamente...